Neste sábado (21), os Estados Unidos oficializaram sua entrada no conflito entre Israel e Irã com um ataque aéreo que mirou três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan.
Em sua rede Truth Social, o presidente Donald Trump anunciou:
“Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã”.

O motivo central: a bomba MOP GBU-57 A/B
A pressão por parte de Israel para uma ação norte-americana foi motivada pela necessidade de utilizar a MOP GBU-57 A/B (Massive Ordnance Penetrator), uma bomba de 14 toneladas projetada especificamente para destruir alvos subterrâneos profundos, como as instalações de Fordow.
Por que só os EUA têm essa capacidade?
Israel não possui a MOP nem aviões compatíveis para lançá-la. Apenas o bombardeiro furtivo B-2 Spirit, da Força Aérea dos EUA, é capaz de carregar a arma. Cada B-2 pode transportar até duas MOPs, operando com alcance intercontinental.
O alvo mais protegido: Fordow
Localizada a 80 metros de profundidade, sob rocha e solo, a instalação de Fordow é altamente fortificada e protegida por sistemas de defesa aérea iranianos e russos – muitos já danificados por ataques israelenses prévios.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Irã vinha enriquecendo urânio a 83,7% em Fordow, próximo ao nível necessário para armas nucleares.
Impacto ambiental e próximos passos
Embora a MOP carregue uma ogiva convencional, especialistas alertam que o impacto sobre áreas nucleares pode liberar material radioativo, como ocorreu parcialmente em Natanz. A AIEA segue monitorando os efeitos.
A expectativa internacional agora se volta para a reação iraniana e os desdobramentos diplomáticos nas próximas horas.